segunda-feira, 16 de julho de 2012

Confira a correção da prova de recuperação de História geral (Terceiro Ano)


Confira a correção da prova de recuperação de História geral (Terceiro Ano)
 
1. (Fuvest) Como se deu a ascensão de Hitler na conjuntura alemã, no período entre guerras, e quais as conseqüências do nazismo?

resposta:
Hitler surgiu com um discurso nacionalista e salvacionista para uma Alemanha mergulhada em grave crise econômica e social. Trouxe consigo a reconstrução da Alemanha e a II Guerra Mundial.

2. (Cefet-ce) Ásia, África e América Latina são continentes que pertencem ao Terceiro Mundo e caracterizam-se pela enorme pobreza humana. Há relações entre o passado histórico desses continentes com a miséria reinante na atualidade? Justifique sua resposta.


resposta:

Sim. Explicar o fato de terem sido colônias, de terem sido violentamente explorados, de terem se tornado dependentes economicamente, culturalmente e politicamente. A miséria atual é fruto exatamente desta exploração e dependência., etc...

3. (Mackenzie) Os Estados Unidos viviam seus dias de glória. A dança agitava os salões, principalmente aquelas que tivessem características menos convencionais como a valsa, que predominou no século XIX. Houve uma verdadeira busca de ritmos e sons diferentes, emocionantes, como os africanos e latino-americanos. (....) o jazz e o blues conseguiram espaços e se espalharam por todo o mundo, com muita rapidez, auxiliados pelo gramofone e pela prosperidade dos "Anos Felizes" do capitalismo norte-americano.
Eric J. Hobsbawm - História social do jazz

Assinale a alternativa que NÃO corresponde ao período caracterizado no fragmento de texto acima.
a) O clima de otimismo econômico do período do pós-guerra dissimulou os conflitos envolvendo negros e imigrantes, assim como a intolerância social, o crime organizado e a corrupção política.
b) Possuindo aproximadamente a metade de todo o ouro que circulava nos mercados financeiros do mundo, os EUA saíram da Primeira Guerra como grandes credores da Europa.
c) O pós-guerra, período conhecido como os "anos felizes", foi uma fase de enorme euforia e prosperidade para os EUA, que durou até a crise econômica de 1929.
d) A prosperidade econômica dos EUA, na década de 1920, não era partilhada por todos os norte-americanos; havia grande concentração de renda e cerca de 50% da população vivia abaixo da linha de pobreza.
e) Nessa época, as leis de segregação racial, que proibiam os negros de freqüentar as mesmas escolas e bares que os brancos e até de entrar em ônibus e banheiros públicos exclusivos dos brancos, foram abolidas na região sul dos EUA.

Resposta: [E]
Resolução: As leis segregacionistas vigentes nos estados sulistas somente foram abolidas na década de 1960, como decorrência da luta dos negros por seus direitos civis, sob a liderança maior de Martin Luther King (havia movimentos negros mais radicais - os Panteras Negras e os Muçulmanos Negros - mas com influência muito menos significativa).


4. (UFC) A partir das últimas décadas do século XIX, uma nova onda colonialista levou à partilha quase total da África e da Ásia entre países industrializados. Sobre esta fase imperialista, é correto afirmar que foi motivada fundamentalmente:
a) pelo interesse de importar bens manufaturados da Índia, China e África islâmica e foi estimulada pelos países industriais emergentes: Bélgica, Alemanha e Japão.
b) pela política religiosa e missionária de difundir o cristianismo no mundo e foi liderada pelos países católicos europeus, como a França e a Bélgica.
c) pela exigência do conhecimento científico positivista de ocupar os territórios a serem estudados e foi impulsionada pela Grã-Bretanha.
d) pela necessidade de adquirir facilmente matéria-prima a baixo custo e foi facilitada pela política imperialista dos Estados Unidos.
e) pelo interesse de continuar a expandir o capitalismo num período de crise e teve à sua frente a França e a Grã-Bretanha.


resposta:[E]

5. (Fuvest) O período entre as duas guerras mundiais (1919-1939) foi marcado por:
a) crise do capitalismo, do liberalismo e da democracia e polarização ideológica entre fascismo e comunismo.
b) sucesso do capitalismo, do liberalismo e da democracia e coexistência fraterna entre fascismo e comunismo.
c) estagnação das economias socialista e capitalista e aliança entre os E.U.A. e a U.R.S.S. para deter o avanço fascista na Europa.
d) prosperidade das economias capitalista e socialista e aparecimento da guerra fria entre os E.U.A e a U.R.S.S.
e) coexistência pacífica entre os blocos americano e soviético e surgimento do capitalismo monopolista.


resposta:[A]

Questões extras
1. (Uftpr) Em 1917, o governo czarista russo sofria a oposição de várias forças políticas, especialmente dos mencheviques e dos bolcheviques. Às dificuldades econômicas e resistências ao absolutismo dos Romanov somaram-se os efeitos da Primeira Guerra Mundial e as derrotas russas. Em fevereiro de 1917, o czar Nicolau II foi deposto com a revolução liberal liderada por Kerensky.
Sobre o desenrolar da Revolução Russa e surgimento da U.R.S.S. é INCORRETO afirmar que:
a) o governo de Kerensky, ao manter a Rússia na Primeira Guerra, enfraqueceu-se, favorecendo seus opositores, liderados por Lênin, que defendia as "teses de abril", sintetizadas no slogan "paz, terra e pão".
b) em outubro (novembro no calendário gregoriano) de 1917, teve início a Revolução Socialista, liderada por Lênin, que fez o Tratado de Brest-Litovsk, que tirou a Rússia da Primeira Guerra.
c) a resistência nacional e internacional ao governo revolucionário socialista mergulhou a Rússia numa sangrenta guerra civil, contrapondo os "vermelhos" (revolucionários) contra os "brancos" (monarquistas, reacionários e imperialistas). Com a vitória dos seguidores de Lênin, o governo socialista implementou a NEP (Nova Política Econômica), ao mesmo tempo que era constituída a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (U.R.S.S.).
d) a morte de Lênin, em 1924, abriu a disputa pelo poder soviético entre Stálin, favorável ao socialismo num só país e Trotsky, favorável à internacionalização da revolução.
e) Trotsky saiu vitorioso e implantou planos qüinqüenais de desenvolvimento, nos quais procurou-se a socialização total da economia, ampla burocratização da administração e a eliminação física dos opositores ao regime, entre eles, Stálin, assassinado em 1940, no México.


resposta:[E]

2. (UNESP)
INSTRUÇÃO: Leia atentamente o texto a seguir.
Os Tratados com a Bolívia
A Bolívia é uma espécie de Estado de Minas da América do Sul; não tem comunicação com o mar. Quando a Standard Oil abriu lá os poços de petróleo de Santa Cruz de la Sierra, na direção de Corumbá de Mato Grosso, a desvantagem da situação interna da Bolívia tornou-se patente. Estava com petróleo, muito petróleo, mas não tinha porto por onde exportá-lo. Ocorreu então um fato que parece coisa de romance policial.
Os poços de petróleo da Standard trabalhavam sem cessar mas o petróleo que passava pelas portas aduaneiras bolivianas e pagava a taxa estabelecida no contrato de concessão era pouco. O boliviano desconfiou. “Aqueles poços não cessam de jorrar e o petróleo que paga taxa é tão escasso… Neste pau tem mel.”
E tinha. A espionagem boliviana acabou descobrindo o truque: havia um oleoduto secreto que subterraneamente passava por baixo das fronteiras e ia emergir na Argentina. A maior parte do petróleo
boliviano escapava à taxação do governo e entrava livre no país vizinho. Um negócio maravilhoso.
Ao descobrir a marosca, a Bolívia fez um barulho infernal e cassou todas as concessões de petróleo dadas à Standard Oil. Vitórias momentâneas sobre a Standard quantas a história não registra!
Vitórias momentâneas. Meses depois um coronel ou general encabeça um pronunciamento político, derruba o governo e toma o poder. O primeiro ato do novo governo está claro que foi restaurar as concessões da Standard Oil cassadas pelo governo caído…
Mas como resolver o problema da saída daquele petróleo fechado? De todas as soluções estudadas a melhor consistia no seguinte: forçar o Brasil por meio dum tratado a ser o comprador do petróleo boliviano; esse petróleo iria de Santa Cruz a Corumbá por uma estrada de ferro a construir-se e de Corumbá seguiria pela Estrada de Ferro Noroeste. Isto, provisoriamente. Mais tarde
se construiria um oleoduto de La Sierra a Santos, Paranaguá ou outro porto brasileiro do Atlântico. Desse modo o petróleo boliviano abasteceria as necessidades do Brasil e também seria exportado por um porto do Brasil.
Ótima a combinação, mas para que não viesse a falhar era indispensável que o Brasil não tirasse petróleo. Eis o segredo de tudo. A hostilidade oficial contra o petróleo brasileiro vem de grande número de elementos oficiais fazerem parte do grande
grupo americano, boliviano e brasileiro que propugna essa solução – maravilhosa para a Bolívia, desastrosíssima para nós.
       Os tratados que sobre a matéria o Brasil assinou com a Bolívia
não foram comentados pelos jornais dos tempos; era assunto petróleo e a Censura não admitia nenhuma referência a petróleo nos jornais. A 25 de janeiro de 1938 foi assinado o tratado entre o Brasil e a Bolívia no qual se estabelecia o orçamento para a realização de estudos e trabalhos de petróleo no total de 1.500.000 dólares, dos quais o Brasil entrava com a metade, 750 mil dólares, hoje 15 milhões de cruzeiros. O Brasil entrava com esse dinheiro para estudos de petróleo na Bolívia, o mesmo Brasil oficial que levou sete anos para fornecer a Oscar Cordeiro uma sondinha de 500 metros…
          Um mês depois, a 25 de fevereiro de 1938, novo tratado entre
os dois países, com estipulações para a construção duma estrada de ferro Corumbá a Santa Cruz de la Sierra; a benefício dessas obras em território boliviano o Brasil entrava com um milhão de libras ouro…
            O representante do Brasil para a formulação e execução dos
dois tratados tem sido o Sr. Fleury da Rocha.Chega. Não quero nunca mais tocar neste assunto do petróleo. Amargurou-me doze anos de vida, levou-me à cadeia – mas isso não foi o pior. O pior foi a incoercível sensação de repugnância que desde então passei a sentir sempre que leio ou ouço a expressão Governo Brasileiro…
(José Bento Monteiro Lobato. Obras completas – volume 7. São Paulo:Editora Brasiliense, 1951, p.225-227.)

O texto descreve uma situação histórica em que imposições de grandes empresas capitalistas internacionais preponderam sobre interesses econômicos de algumas nações. O que diferencia este tipo de exploração, mais contemporâneo, da dominação imperialista instituída nos séculos XIX e XX na África e na Ásia?

resposta:
O imperialismo que permeou as relações entre as nações industrializadas emergentes da Segunda Revolução Industrial e os países da África e da Ásia, pautou-se na instalação de colônias e na exploração dos recursos naturais dessas regiões. O controle político, seja por dominação pura e simples, seja pela criação de protetorados, garantiu a acumulação de capitais significativa que mudou o panorama político principalmente da Europa .  O esgotamento das possibilidades de exploração foram determinantes para a eclosão da Primeira Guerra Mundial. O modelo de exploração econômica descrito no texto está ligado à configuração do capitalismo no pós Segunda Guerra Mundial. De acordo com essa nova dominação, a lógica passa a ser imposta pelo controle de interesses defendidos por transnacionais, alinhavados aos mecanismos de controle das elites locais. O resultado é a manutenção de uma estrutura capitalista dependente que caracteriza as economia dos eufemisticamente chamados “países emergentes”.

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