sábado, 17 de março de 2012

Confira a correção do Simulado Notrevest




PRIMEIRA SÉRIE

1. (Puccamp) A respeito do início da colonização da América Portuguesa, pode-se afirmar que a primeira forma de exploração econômica exercida pelos colonizadores, e a dominação cultural e religiosa difundida pelo território brasileiro são, respectivamente,

a) a plantation no Nordeste e as bandeiras realizadas pelos paulistas.

b) a extração das "drogas do sertão" e a implantação das missões.

c) o escambo de pau-brasil e a catequização empreendida pela Companhia de Jesus.

d) a mineração no Sudeste e a imposição da "língua geral" em toda a Colônia.

e) o cultivo da cana-de-açúcar e a "domesticação" dos índios por meio da agricultura.






Resposta da questão 1:

[C]


No período pré-colonial (1500-1530) predominou a atividade predatória da extração do pau-brasil que era realizada mediante a utilização de mao de obra indígena (escambo). A Companhia de Jesus foi criada no contexto histórico da Contra-Reforma da Igreja Católica e tinha por missão catequizar os povos nativos da América, no território brasileiro atuou na cristianização dos povos indígenas e na educação dos colonos. Se por um lado lutou contra a escravização dos índios, por outro contribuiu para o processo de aculturação dos mesmos.





2. (UNESP) O padre José de Anchieta escreveu sobre as dificuldades de conversão dos índios ao cristianismo.

Por aqui se vê que os maiores impedimentos nascem dos Portugueses, e o primeiro é não haver neles zelo de salvação dos índios [...] e com isso pouco se lhes dá aos senhores que têm escravos, que não ouçam missa, nem se confessem, e estejam amancebados. E, se o fazem, é pelos contínuos brados da Companhia, e logo se enxerga claro nos tementes a Deus que seus escravos vivem diferentemente pelo particular cuidado que têm deles.

(José de Anchieta. "Informação do Brasil e de suas Capitanias", 1584.)

Pela leitura do texto, é correto afirmar que o jesuíta:

a) entendia que a escravidão não poderia se tornar um obstáculo à catequização do gentio.

b) opunha-se à escravização dos índios por julgá-la contrária aos princípios do cristianismo.

c) considerava os costumes tradicionais dos indígenas adequados aos mandamentos cristãos.

d) julgava os indígenas ociosos e inaptos para o trabalho na grande empresa agrícola.

e) advogava a sujeição dos índios aos portugueses como meio para facilitar a sua conversão.





Resposta da questão 2:

[A]



De acordo com a análise do trecho do documento escrito pelo padre José de Anchieta percebe-se que os colonizadores não se importavam muito com a catequização dos indígenas preferindo reduzi-los à condição de escravos. Ainda assim, os jesuítas continuaram em seus propósitos de evangelizar os nativos pois acreditavam que a escravidão não poderia se tornar um obstáculo à catequização do gentio.






3. (PITÁGORAS) Leia atentamente os textos abaixo.

“A causa da enfermidade do Brasil, bem examinada, é mesma que a do pecado original. Pôs Deus no Paraíso Terreal a nosso pai Adão, mandando-lhe que guardasse e trabalhasse. [...] E ele, parecendo-lhe melhor o guardar que o trabalhar, lançou mão à árvore vedada, tomou o pomo que não era seu e perdeu a justiça que vivia para si e para o gênero humano. Esta foi a origem do pecado original e esta é a causa original das doenças do Brasil: tomar o alheio, cobiças, interesses, ganhos e conveniências particulares por onde a justiça se não guarda e o Estado se perde. Perde-se o Brasil, senhor (digamo-lo em uma palavra), porque alguns ministros de Sua Majestade não vêm cá buscar nosso bem, vêm cá buscar nossos bens, EI-Rei manda-os tomar Pernambuco e eles contentam-se com o tomar: Se um só homem que tomou perdeu o mundo, tantos homens a tomar, como não hão de perder um Estado? Este tomar o alheio, ou seja, o do rei ou o dos povos, é a origem da doença; e as várias artes e modos e instrumentos de tomar são os sintomas que, sendo de natureza mui perigosa, a fazem por momentos mais morta”.

Padre Antônio Vieira. Sermões.

“Quem nunca ouviu falar de mensalão? Nas altas rodas de jantares, nas rodas de bares e no fundo do plenário. Venho ao plenário desta comissão dizer que não são todos os deputados que recebem o mensalão não. Tem muita gente boa por aí. Agora, eu não posso ser cúmplice de vocês nessa história que envergonha uma grande parte da Câmara dos Deputados“.

Deputado Roberto Jefferson. Revista Veja, 22 de junho de 2005.

Os textos referem-se à corrupção no Brasil em dois momentos históricos diferentes. Com base nas informações que eles apresentam, é CORRETO considerar que

a) A corrupção entre as elites políticas e econômicas do Brasil só não é maior devido ao caráter e honestidade do povo, que refreia e abomina todo o tipo de desonestidade.

b) As altas taxas de mortalidade no Brasil estão associadas à situação de corrupção devido ao desvio, pelos políticos, das verbas destinadas à saúde.

c) A origem da corrupção no Brasil remonta ao período da colonização; sua prática perpassou variadas camadas e classes sociais e chegou até a atualidade.

d) As reivindicações salariais feitas por deputados e senadores em Brasília fizeram com que o governo criasse o mensalão, como uma ajuda de custo para estes parlamentares.





Resposta da questão 3:

[C]


Pela análise dos documentos percebe-se que a corrupção tem uma longa trajetória na História do Braisl remontando aos tempos coloniais e chegando até os dias atuais.



4. (PITÁGORAS) Observe o gráfico sobre as exportações brasileiras no Período Colonial.


Com relação aos dados do gráfico é CORRETO afirmar.

a) Durante a maior parte do período colonial o açúcar predominou na pauta das exportações.

b) No início do século XVII o ouro superou o açúcar na produção e nas exportações.

c) No século XV ocorreu uma diversificação da economia colonial com a exportação de outros produtos

d) A descoberta do ouro no final do século XVI impulsionou a economia e enriqueceu a metrópole.

e) O pau-brasil, o tabaco e o couro, foram os produtos mais exportados durante o período colonial.





Resposta da questão 4:

[A]


Questão meramente interpretativa, onde o aluno ao analisar o gráfico facilmente perceberia que ao longo da maior parte do período colonial o açúcar foi considerado o produto de maior importância na pauta das exportações.



SEGUNDA SÉRIE

1. (Pucmg 2010) Segundo Sérgio Silva, “No começo da segunda metade do século XIX, a produção de café toma proporções muito importantes: a cifra se aproxima de 3 milhões de sacas em média por ano. A partir da década de 1870, e sobretudo a partir de 1880, quando a produção média anual ultrapassa os 5 milhões de sacas, o café torna-se o centro motor do desenvolvimento do capitalismo no Brasil.”

(SILVA, Sérgio. A expansão cafeeira e origens da indústria no Brasil.)

Pode-se apontar como fator responsável por esse aumento de produtividade:

a) o aporte de grande capital internacional para o financiamento da safra.

b) a diminuição da produção colombiana de café provocada por problemas climáticos.

c) o uso intensivo de trabalho escravo na produção e beneficiamento do café.

d) crescimento dos mercados externos consumidores do produto, o que estimulou o crescimento da produção interna.




Resposta da questão 1:

[D]


Os fatores que influenciaram no crescimento da produção de café na segunda metade do século XIX foram o aumento da demanda pelo café na Europa e nos Estados Unidos e do aumento dos preços do produto no mercado internacional.






2. (Mackenzie) Sobre o desenvolvimento da economia cafeeira no Segundo Reinado, é INCORRETO afirmar que:

a) do ponto de vista sócio-econômico, o complexo cafeeiro deslocou definitivamente o polo dinâmico do país para o centro-sul.

b) em função do café, aparelharam-se portos, criaram-se empregos e novos mecanismos de crédito, revolucionaram-se os transportes, sendo a ferrovia sua maior expressão.

c) após a extinção do tráfico negreiro, em 1850, a solução para a mão-de-obra veio da imigração, cujas primeiras iniciativas estão ligadas à firma Vergueiro e Cia.

d) o destino do mercado cafeeiro dependia do mercado externo; progressivamente, os E.U.A. converteram-se no maior consumidor do café brasileiro.

e) a produção de café foi inovadora, com técnicas agrícolas avançadas, uso de pequenas propriedades, trabalho exclusivamente livre e grande preocupação com a preservação do solo.




resposta da questão 2:

[E]



No Vale do Paraíba predominaram as técnicas rudimentarres de produção. A mão de obra predominante foi a escrava africana, apesar do fato de as fazendas do Oeste Paulista terem introduzido a mão de obra livre e assalariada de trabalhadores imigrantes.




3. (Fgv 2008) "(...) visando aumentar a renda do Estado, em um momento de consolidação do sistema imperial, o liberalismo alfandegário foi abandonado em prol do protecionismo aduaneiro. (...) [O] ministro da Fazenda tinha em mente aumentar a carga fiscal do Estado, aspecto que foi bem recebido pela Câmara. A nova lei (...) estabeleceu que os tributos sobre os produtos de importação subiriam de 15% para 30% (caso não houvesse similar nacional) ou 60% (caso o artigo fosse produzido no país).

(Rubim Santos Leão Aquino et alii, "Sociedade brasileira: uma história através dos movimentos sociais")

No contexto do Brasil Império, o trecho apresenta:

a) a Lei de Terras.

b) o Tratado de 1827.

c) a Bill Aberdeen.

d) a Tarifa Alves Branco.

e) a Lei Eusébio de Queiroz.





Resposta da questão 3:

[D]



Em 1844 foi decretada a Tarifa Alves Branco, que elevou significamente as taxas sobre importações. Embora a política do ministro da Fazensa tivesse, primordialmente, o interesse de fornecer rendas ao Estado, acabou por favorecer e estimular a indústria nacional. Entre os empresários que mais se beneficiaram dessa tarifa, o mais importante foi, sem dúvida, o Barão de Mauá.




4. (G1 - cftsc 2008) Todas as alternativas a seguir se referem às transformações ocorridas no Brasil, na segunda metade do século XIX, EXCETO:

a) Com o êxito das exportações, a economia cafeeira sustentou economicamente o segundo reinado, garantindo capital para outros tipos de investimentos.

b) O escravo ocupava uma posição de destaque, numa sociedade cujos preconceitos e valores não tinham como base as relações de trabalho.

c) A Guerra do Paraguai afetou a economia e ampliou o espaço para se questionar a existência da escravidão.

d) A antecipação da maioridade de D. Pedro II foi uma manobra política que garantiu maior estabilidade e assegurou a centralização administrativa do Estado Brasileiro.

e) Com o êxito das exportações, os barões do café passaram a dominar a vida política.





Resposta da questão 4:

[B]



O escravo ocupava uma posição marginalizada, numa sociedade cujos preconceitos e valores tinham como base as relações de trabalho.



TERCEIRA SÉRIE

1. (PITÁGORAS) Analise o trecho:

“Porque quem tivesse visto a monarquia do Reino de Portugal no tempo que tinha reis de sua nação, que a governavam, tantos reinos e reis seus tributários nas partes do Oriente, tão largas terras e Estados conquistados na América, tantas ilhas descobertas e sujeitas no meio das ondas do grande oceano, tantas proezas feitas na propagação da Santa Fé Católica por todas as partes do mundo; (...) e depois que lhe faltaram os reis naturais, tão abatido e acanhado, tão sem fama e sem adorno, tão cheio de misérias e trabalhos, bem pudera com razão chorar suas desgraças (...)”

Frei Manuel Calado

O trecho é uma clara referência:

a) ao período da União Ibérica

b) à estada da Corte no Brasil

c) à perda da hegemonia no comércio com as Índias

d) à crise da mineração na colônia brasileira

e) ao período pré-colonial




Resposta da questão 1:

[A]


A União Ibérica (1580-1640) marca a centralização dos governos espanhol e português sob um mesmo governo.



2. (PITÁGORAS) Analise a afirmação:

Entre 1580 e 1640, Portugal viu-se dominado pelo Reino Espanhol, no período conhecido como União Ibérica.

Sobre a conjuntura citada, leia com atenção as afirmações e coloque-as em sua ordem cronológica correta.

I - “O conde Maurício de Nassau chegou ao Recife para administrar o território conquistado, e os primeiros anos de sua gestão foram dedicados à reconstrução da economia açucareira. Para tal, mandou conceder empréstimos para a aquisição de engenhos abandonados e reconstrução dos destruídos.”

II – “A união das coroas ibéricas teve consequências importantes, pois trouxe problemas para Portugal, que herdou os inimigos dos espanhóis, dentre estes a Holanda, empenhada em garantir sua independência.”

III – “Para vencer a resistência dos flamengos, a Espanha proibiu todo e qualquer comércio com a Holanda, buscando assim reduzir sua crescente hegemonia em termos comerciais por toda a Europa e possessões europeias no mundo.”

IV – “A campanha foi organizada e financiada pela Companhia das Índias Ocidentais. A força holandesa chegou à cidade de Salvador com 26 navios, centenas de canhões e mais de três mil homens. Os portugueses nada puderam fazer, pois não dispunham de tropas suficientes para deter os invasores.”

V – “A queda dos preços do açúcar e a diminuição da safra fizeram com que as relações entre os produtores pernambucanos e a Companhia das Índias fosse abalada. É nesse contexto que se inicia o episódio conhecido como Insurreição Pernambucana.”

A ordem cronológica CORRETA é

a) II / III / V / IV / I

b) III / II / IV / I / V

c) IV / II / III / I / V

d) I / IV / II / V / III

e) V / I / IV / II / III




Resposta da questão 2:

[B]


A sequência cronológica correta é:

“Para vencer a resistência dos flamengos, a Espanha proibiu todo e qualquer comércio com a Holanda, buscando assim reduzir sua crescente hegemonia em termos comerciais por toda a Europa e possessões europeias no mundo.”

“A união das coroas ibéricas teve consequências importantes, pois trouxe problemas para Portugal, que herdou os inimigos dos espanhóis, dentre estes a Holanda, empenhada em garantir sua independência.”

“A campanha foi organizada e financiada pela Companhia das Índias Ocidentais. A força holandesa chegou à cidade de Salvador com 26 navios, centenas de canhões e mais de três mil homens. Os portugueses nada puderam fazer, pois não dispunham de tropas suficientes para deter os invasores.”

“O conde Maurício de Nassau chegou ao Recife para administrar o território conquistado, e os primeiros anos de sua gestão foram dedicados à reconstrução da economia açucareira. Para tal, mandou conceder empréstimos para a aquisição de engenhos abandonados e reconstrução dos destruídos.”

“A queda dos preços do açúcar e a diminuição da safra fizeram com que as relações entre os produtores pernambucanos e a Companhia das Índias fosse abalada. É nesse contexto que se inicia o episódio conhecido como Insurreição Pernambucana.”




3. (UFSCAR) O português no Brasil teve de mudar quase radicalmente o seu sistema de alimentação, cuja base se deslocou, com sensível déficit, do trigo para a mandioca; e o seu sistema de lavoura, que as condições físicas e químicas de solo, tanto quanto as de temperatura ou de clima, não permitiam fosse o mesmo doce trabalho das terras portuguesas. A esse respeito o colonizador inglês dos Estados Unidos levou sobre o português do Brasil decidida vantagem, ali encontrando condições de vida física e fontes de nutrição semelhantes as da mãe-pátria.

(Gilberto Freire. Casa-grande & senzala, 1933.)

Segundo o texto, o autor:

a) prefere as condições naturais oferecidas pela Europa.

b) atribui importância as trocas culturais entre a Europa e a América do Sul.

c) valoriza os elementos geográficos das terras brasileiras.

d) defende a cultura indígena norte-americana como mais original.

e) acredita que o português teve mais vantagens que o inglês diante da adversidade geográfica americana.


resposta: [A]

No texto de Gilberto Freyre, extraído da obra Casa-grande & Senzala, observa-se que o autor prefere as condições naturais oferecidas pela Europa.


4. (UFPEL) "(...) da amizade dos índios depende em parte o sossego e a conservação da colônia do Brasil e que se tendo isto em vista deve-se-lhe permitir conservar a sua natural liberdade, mesmo aos que no tempo do rei de Espanha caíram ou por qualquer meio foram constrangidos à escravidão, como eu próprio fiz libertando alguns. Devem-se dar ordens, também, para que não sejam ultrajados pelos seus capitães, ou alugados a dinheiro ou obrigados contra sua vontade a trabalhar nos engenhos; ao contrário deve-se permitir a cada um viver do modo que entender e trabalhar onde quiser, como os da nossa nação (...)."

Fragmento do relatório de Maurício de Nassau aos diretores da Companhia das Índias Ocidentais, em 1644.

O documento demonstra que, durante:

a) a Insurreição Pernambucana, a Companhia das Índias Ocidentais era contrária a qualquer trabalho escravo na produção açucareira.

b) a União Ibérica, os holandeses proibiram o tráfico de escravos para o Brasil e promoveram a liberdade aos indígenas.

c) o período Colonial, a escravização indígena foi inexistente, devido aos interesses estratégicos e comerciais dos europeus.

d) as ocupações francesas, no nordeste do Brasil, ocorreram transformações nas relações dos europeus com as populações nativas, no que se refere ao trabalho cativo.

e) a ocupação holandesa, no nordeste brasileiro, foi combatida a escravização indígena promovida pelos ibéricos.




resposta:[E]


De acordo com o documento histórico durante a presença holandesa no Brasil, especialmente na administração de Maurício de Nassau houve uma política tolerante em relação aos indígenas, evitando-se a utilização da mão de obra escrava nativa nos canaviais.



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